Seres extraterrestres criados por entidades intituladas Celestaiais, super-humanos imortais que vieram para salvar os humanos das criaturas aterrorizantes chamadas Deviantes, esses são os Eternos. Mas será que eles foram criados mesmo para defender os humanos? Quando se trata de pessoas de fora da terra tentando fazer algo por ela no universo MCU, podemos sempre desconfiar.
Originários dos primeiros seres a terem habitado a Terra, Os Eternos fazem parte de uma raça modificada geneticamente pelos deuses espaciais conhecidos como Celestiais. Dotados de características como imortalidade e manipulação de energia cósmica, eles são frutos de experiências fracassadas de seus próprios criadores, que também foram responsáveis por gerar os Deviantes, seus principais inimigos.
Chloé Zhao dirige Eternos de uma maneira incrivelmente linda, abusando dos cenários e das fotografias que valorizam os ambientes, desde um deserto árido até o verde da Amazônia. Após ganhar o Oscar por Nomadland, Zhao tinha a missão de transformar Eternos em um filme que introduziria os novos heróis da Marvel na fase 4 do MCU. Ela só não contava que teria um roteiro confuso, raso, lento e que apesar valorizar as histórias de cada Eterno, não entrega ação e super heroísmo. Ben Davis assina a direção de fotografia e faz um trabalho incrível, a parte técnica de Eternos como um todo é surreal e vale a pena assistir na tela grande do cinema por isso.
O filme foca muito no laço familiar que os Eternos nutrem entre si e isso é um momento de muito conforto e agrada aos olhos. A diversidade do elenco somada a abordagem de temas importantes como a inclusão de deficientes e a família lgbtqia+ formada por um humano e um eterno funcionam de uma maneira que a Marvel ainda não havia conseguido fazer e isso é um super ponto a favor.
Entretanto, se tratando de um filme de super herói ele decepciona, as cenas de ação contra os Deviantes apesar de serem intensas não passam emoção nem aquele sentimento de que a luta ali vale a pena. É importante lembrar que Eternos vem após o Ultimato, então, a terra está fragilizada e no filme isso não fica nem um pouco evidente, e a falta de conexão com o universo já criado também deixa um hiato que não consegue conectar o expectador ao universo marvel. Tudo bem que esse filme veio para introduzir uma nova narrativa, mas não precisava ser de maneira tão rasa. Nem mesmo um elenco de peso com Angelina Jolie, Salma Hayek e Kit Harington consegue salvar, arrisco dizer que desperdiçaram esse elenco já que a Angelina não passa de uma mera coadjuvante a maior parte do tempo (ele todo na verdade).
De qualquer forma o filme agrada e é muito bonito, introduz bons personagens ao universo, mas tem um roteiro que desliza. Se você gosta de filmes de aliens que vem pra terra ajudar humanos você vai amar Eternos, mas se você espera um filme de Herói você pode se desapontar. Assista mais na crítica abaixo e tire suas conclusões e por favor, comenta o que achou!
